sábado, 6 de setembro de 2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Procrastinar: Bom ou Ruim?

Cid Silva Guimarães, no Linkedin, Administrador, consultor e professor fez uma colocação interessante...

"Procrastinação pode ser uma técnica de melhorar a produtividade/competitividade, sabiam?... 

Vocês conhecem a TPE (teoria da procrastinação estruturada) de John Perry?!?!... Deem uma flanada no link"
(Refere-se ao texto postado abaixo)

JOHN PERRY, THE ART OF PROCRASTINATION: A GUIDE TO EFFECTIVE DAWDLING, LOLLYGAGGING AND POSTPONING, NOVA IORQUE: WORKMAN PUBLISHING, 2012.

Todos adiamos tarefas, mas os procrastinadores fazem-no de modo crónico, procurando distracções que os levem a protelar o trabalho que têm em mãos. A capacidade de se adiar indefinidamente uma obrigação pode, todavia, ser produtiva se considerarmos, como John Perry, que no acto de se evitar uma tarefa se realizam muitas outras igualmente importantes. A esta particularidade chama o filósofo "procrastinação estruturada", um conceito descrito no seu mais recente livro, cujo título parece conter um programa de adiamento da leitura: The Art of Procrastination: A Guide to Effective Dawdling, Lollygagging and Postponing... Or, Getting Things Done by Putting Them Off. 
A obra surge a partir de um artigo escrito para The Chronicle of Higher Education, republicado mais tarde no blog do autor, e rapidamente transformado em êxito. Deste conjunto de circunstâncias resultam, parece-me, a maior virtude do livro, i.e., a descrição de uma boa ideia sobre o conceito de procrastinação, e o seu pior defeito, ou seja, a substituição de um argumento filosófico sobre o tema por um guia de auto-ajuda para procrastinadores. 
O mérito de The Art of Procrastination consiste, assim, na redescrição da procrastinação, tantas vezes caracterizada enquanto comportamento akratico ou resultante da falta de vontade do sujeito. Como o autor indica, procrastinação implica fazer um plano, adiá-lo para um momento futuro, não o cumprir, replaneá-lo e voltar a adiá-lo. Contudo, este prorrogar da acção inclui igualmente a concretização de uma série de pequenas tarefas. Deste ponto de vista, o procrastinador difere do preguiçoso —distinção que Perry não aborda — na sensação de culpa que o leva a ser muitíssimo competente no conjunto de actividades realizadas durante a protelação. 
O autor relaciona procrastinação com perfeccionismo e com a incapacidade de se perceber que, por vezes, é melhor terminar um trabalho de modo imperfeito do que nunca o completar. Para este efeito, e aqui surge o lado menos feliz de The Art of Procrastination, Perry sugere a criação de listas de tarefas diárias com o propósito de “dar ao procrastinador a experiência de ir riscando os itens da lista à medida que as tarefas vão terminando. Assinalar o item, ou riscá-lo com um floreado, dá-nos um pequeno empurrão psicológico”. Outros conselhos incluem a descrição de como a música pode auxiliar os procrastinadores nos seus momentos de neura, a caracterização dos cuidados que devemos ter com o computador enquanto elemento de procrastinação por excelência, a necessidade de colaborar com não-procrastinadores, entre outras sugestões prosaicas. Todavia, a frase citada merecia desenvolvimento ao descrever o importante problema, mencionado, mas não tratado pelo autor, de uma pessoa se enganar a si própria. A capacidade de redigir listas de afazeres pressupõe que o procrastinador se consegue enganar, nem que seja por momentos, e que nessas ocasiões felizes ultrapassa a procrastinação. Perry afirma: “Como virtualmente todos os procrastinadores têm excelentes capacidades de se enganarem a si próprios (self-deception) — que poderia ser melhor do que usar um defeito para aniquilar as consequências do outro?”. Deste ponto de vista, julgo que seria interessante ponderar se a procrastinação resulta de uma desadequação de vontades (entre o que sabemos ser bom para nós, o que nos apetece fazer e o que queremos ser no futuro); de um modo de interpretação erróneo das nossas deliberações; ou de por vezes termos de cumprir tarefas que não desejamos realmente concretizar (critério aparentemente mais racional do que os restantes). Dependendo de cada uma destas respostas a lista de afazeres adquire sentidos distintos, que o autor ignora. 
Creio que uma das particularidades da procrastinação reside no facto de, na maioria das vezes, as tarefas acabarem de facto por ser realizadas, mesmo que ligeiramente depois do prazo e mesmo que não tão bem executadas como ambicionado. Deste modo, seria interessante que Perry tivesse pensado na procrastinação enquanto modo de evitar uma acção ao longo de um determinado período de tempo, visto que sem essa dimensão temporal não se pode verdadeiramente falar em procrastinar — também neste ponto é o autor omisso. 
Por fim, a descrição do tema é incompleta ao não distinguir objectos de procrastinação. Adiar actividades como fazer uma dieta ou exercício físico parece ser diferente da protelação académica. Quando o autor lê um livro para evitar corrigir os trabalhos dos seus alunos parece estar a contribuir para o acumular de conhecimentos necessários na sua profissão. Se, pelo contrário, decidir arrumar a casa sempre que tem de corrigir exames, isso poderá ser benéfico para o seu bem-estar, mas não o tornará um melhor professor. 

O argumento de Perry sobre “procrastinação estruturada” podia ser desenvolvido no sentido de se considerar que a perícia interpretativa depende do acumular de conhecimentos realizados até uma acção ter lugar, e não necessariamente na ocasião em que esta acção se cumpre, i.e., o momento em que um livro é terminado. Para esse conhecimento terão contribuído alguns, mas não todos, objectos de protelação. Contrariamente ao que Perry parece pensar, existem necessariamente diferenças entre uma procrastinação bem ou mal estruturada, entre seres relapsos e seres competentes. Ainda assim, julgo que a procrastinação em arte ou na academia nos permite perceber coisas sobre as nossas acções ao longo de determinado tempo, bem como sobre a natureza da própria arte e das suas teorizações, i.e., sobre a existência de histórias que levam tempo a ser contadas, o mesmo tempo que levamos a descobrir coisas sobre nós próprios e a criar argumentos filosóficos sobre um determinado tema. Se assim for, talvez haja esperança de que este livro seja o prenúncio de um outro, mais ao estilo da obra académica do autor, no qual se substitua a arte da procrastinação por procrastinação enquanto arte. 

"Procrastinar faz mal à saúde"

As razões mais comuns para adiar tarefas e quatro dicas poderosas para vencer este mal
Procrastinar_faz_mal_a_saude_pcProcrastinar é um hábito comum entre as pessoas. Você interrompe uma tarefa para atender a um telefonema, ir ao banheiro, se alimentar, dar atenção a uma pessoa, entre outras razões. Mas quando este adiamento de responsabilidades vira uma fuga constante, os danos que pode ocasionar à saúde são drásticos. Quem fala sobre este assunto e concede orientações para superar este vício é o especialista em gestão do tempo e produtividade, Christian Barbosa.
Pare para pensar. Você sabe que há uma tarefa que precisa ser terminada há dias ou meses e você não consegue dar conta. Diante de seu chefe, se sente culpado e com um constante medo da cobrança que virá. Perto dos colegas, é possível que haja certa vergonha e uma autoestima abalada. Consigo mesmo, a ansiedade e o peso na consciência são quase certos.
“Procrastinar com frequência abala o psicológico do ser humano, gerando estresse e até depressão. Este abatimento diminui a imunidade do indivíduo, o que dá abertura para diversos outros problemas de saúde”, explica o especialista Christian Barbosa, consultor de executivos de algumas das maiores empresas do Brasil e coautor do livro “Mais tempo, mais dinheiro”.
De acordo com a experiência de Christian, os motivos mais comuns que conduzem à procrastinação constante são: a complexidade das tarefas ou a dificuldade de execução, a ideia de que a tarefa não gerará resultados produtivos ou traz aborrecimentos, a ausência de informações necessárias para o cumprimento, a dependência de terceiros para a realização, a falta de coragem ou motivação, o sentimento de impotência.
Que tal vencer estes inimigos que conduzem à procrastinação e fazem tanto mal à sua saúde? Abaixo, seguem algumas orientações do consultor para ajudá-lo nesta missão:
Divida a realização em pequenas partes – quanto maior a tarefa, mais difícil de ser cumprida. A ideia é dividir a responsabilidade em sub-tarefas menores capazes de conduzir à realização. Ações divididas podem ser cumpridas em pouco tempo e estimulam.
Reserve um horário no dia para dedicar-se a isto – separe um período na sua agenda para dar atenção específica a esta tarefa. Pode ser uma hora por dia focada nisto, já vai dar a sensação de que a coisa está saindo do lugar.
Delegar ou cancelar, algo a se pensar – Há situações em que a tarefa foi procrastinada por tantos dias que tornou a sua realização sem sentido. Nestes casos, não tenha receio de conversar com quem for preciso para cancelá-la. Se o problema é a sua motivação, negocie delegar para uma outra pessoa, mas resolva a situação o quanto antes.
Descubra os motivos escondidos – Christian revela que, em muitos casos, a procrastinação esconde um sentimento de incapacidade, o medo do fracasso, da reação das pessoas ou até do sucesso – que conduz a mudanças de vida impactantes. “Da próxima vez que adiar algo, faça uma autorreflexão. Se o problema for mais sério, talvez seja necessário buscar a ajuda de um profissional, existem diversos psicólogos especializados no tema”, sugere Barbosa.
Fonte: http://dtcom.com.br/site/index.php/procrastinar-faz-mal-a-saude/

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Já ouviu falar em Andragogia? E Heutagogia? A Heutagogia e a Aprendizagem de Adultos


A Heutagogia e a Aprendizagem de Adultos 

heutagogia
Quem acompanha de perto as práticas mais recentes voltadas para a aprendizagem de adultos percebe claramente as frequentes mudanças de expectativas e de formatos aplicados. Tais mudanças tem se mostrado maiores em virtude do contexto profissional das grandes organizações, do modo de pensar e agir da força de trabalho mais jovem e das novas tecnologias disponíveis.
Para desenhar e desenvolver programas de aprendizado que sejam efetivos para adultos é essencial conhecer alguns pressupostos sobre como as pessoas adultas aprendem.
Os adultos se motivam de acordo com os seus interesses e necessidades. Além disso, a sua orientação de aprendizado normalmente é dirigida para a sua vida, ou seja, o que pode melhorá-la ou influenciá-la tanto no âmbito profissional como pessoal.
Estudos e teorias também apontam que a mais rica fonte de aprendizado para adultos é a experiência, prática ou analítica, e que os adultos geralmente preferem um certo grau de autonomia para direcionar seus estudos e escolhas.
Você certamente já ouviu falar sobre a andragogia, que pode ser definida conceitualmente como a ciência de orientar adultos a aprender, assim como a pedagogia se refere à educação para crianças.
A andragogia determina que o adulto deve ser o sujeito da educação e que sua motivação está diretamente relacionada à sua vontade de aprender e de crescer, porém é o professor quem determina o que aprender enquanto o adulto escolhe como aprender.
No que consiste então a heutagogia? Trata-se de uma teoria que determina que o estudante é o único responsável pela sua aprendizagem, sendo ele portanto, quem define o que e como aprender. A heutagogia também defende que o aprendizado acontece por meio de experiências práticas e quanto mais se erra, mais se aprende.
Uma importante pergunta surge quando pensamos em aplicar a heutagogia. Uma pessoa adulta está preparada para saber escolher o que aprender e sem o apoio direto de um professor ou instrutor? Eis que surge então o importante conceito de aprender a aprender.
Torna-se fundamental então ensinar o adulto a refletir e atuar como agente único do seu desenvolvimento profissional e pessoal. Cabe às organizações (educacionais ou corporativas) estruturar modelos e ambientes de aprendizado que sejam propícios à prática da heutagogia.
É preciso que tais ambientes favoreçam a aprendizagem autodirigida, incentivem a interação e a colaboração entre pessoas com interesses de aprendizado parecidos, garantam que os conhecimentos sejam assimilados de forma ágil e objetiva e que sua ênfase esteja na aprendizagem e não no ensino.
É importante saber que atualmente o conhecimento está disponível e acessível através da Internet. Basta que uma pessoa queira encontra-lo, ou seja, quando o foco deixa de ser o processo de ensino e passa a ser a obtenção do aprendizado, é fundamental ter consciência de que redes sociais, blogs, wikis, vídeos, artigos científicos, cursos on-line, etc., tornam-se meios reais para se obter e compartilhar conhecimento.
Fonte: http://claritybr.wordpress.com/2014/09/02/a-heutagogia-e-a-aprendizagem-de-adultos/

domingo, 31 de agosto de 2014

"EX TUNC" OU "EX NUNC"?!

Sempre bate aquela dúvida em qual é o significado de "ex tunc" e "ex nunc". Vou tentar explicar de uma maneira bem simples e passar um macete, que chega a ser até engraçado, porém, tenho certeza que vocês nunca mais vão esquecer.

"Ex tunc" é uma expressão latina que significa "desde a época", ou seja, quando uma nova lei começa valer e ela gera efeito "ex tunc" quer dizer que vai gerar efeitos tanto no passado como no futuro, ela retroagirá.


"Ex nunc" também é uma expressão latina e significa "desde já", ou seja, quando uma decisão é tomada ela só valerá para casos futuros. Ela NUNCa retroagirá.


Vamos para o macete:

Ex Nunc: "N" você lembra de "Nuca". Se você tomar um tapa na nuca sua cabeça irá para frente, ou seja, o efeito só vale para frente, o efeito só valerá desde já para o futuro.

Ex Tunc: "T" você lembra de "Testa". se alguém tomar uma tapa na Testa a cabeça dela irá para traz, em outras palavras, o efeito volta para traz, o efeito "ex tunc" retroage no tempo.

A imagem ao lado descreve bem o macete.
Fonte: http://www.euvouserconcursado.com/2012/04/ex-tunc-ou-ex-nunc.html
Fonte: http://images.slideplayer.com.br/3/387716/slides/slide_11.jpg

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