quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Mestrados formam professores em TI

Mestrados na América Latina formam professores em tecnologia
Cursos fora do Brasil oferecem especialização em edumática, campo de atuação que desenvolve metodologias inovadoras no ensino a partir do uso de novas tecnologias
Porvir | 05/08/2012 07:00:13

No Brasil, quem é especialista em educação e comunicação é conhecido por educomunicador. Mas quando a relação é educação e informática? Em alguns países da América Latina, os profissionais desta área já têm nome, são chamados de edumáticos. Se por aqui o termo ainda não é usado, mestrados nas nações vizinhas já estão formando profissionais em edumática, professores capazes de desenvolver metodologias inovadoras no ensino a partir do uso de novas tecnologias. 
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No Peru, o mestrado educação, edumática e docência universitária é oferecido na Universidade Tecnológica do Peru, na capital, Lima – a única especialização em educação, entre cursos predominantemente das áreas de engenharia, administração e tecnologia. De acordo com informações do site da universidade, a intenção da pós em edumática é formar professores universitários que possam inovar na educação, utilizando e incorporando novas tecnologias para melhorar a qualidade de ensino no país.
O que ainda é uma novidade entre os cursos de pedagogia da América Latina que, muitas vezes, capacitam os professores para operar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), mas não os preparam para criar e transformar suas aulas por meio do uso de tecnologia. "É preciso ajudar os professores a desenvolver novas práticas educativas que não estão centradas na tecnologia, mas no processo de aprendizado do aluno usando tecnologia. Existe pouca experiência, um bom exemplo é o que faz a Universidade Tecnológica do Peru, que é focada em tecnologia e se abriu para a pedagogia", avalia Eugenio Severin, reconhecido especialista em tecnologia e educação, ex-consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em TIC na educação para a América Latina. 
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As aulas do mestrado são presenciais e virtuais – realizadas através de plataformas online. O plano de estudos inclui temas teóricos como pedagogia e teoria de aprendizagem na educação superior e gestão e inovação educativa. Já os conteúdos práticos vão desde como fazer a integração de plataformas virtuais na sala de aula (e-learning e blended learning) e de edumática, trabalhando planejamento e criação de materiais educativos multimídia.
Segundo a coordenação do curso, os especialistas desta área podem atuar como professores acadêmicos, analistas, consultores de projetos relacionados à educação e tecnológica ou ainda na criação de cursos e currículos para diferentes institutos de ensino.
México
O México é outro país que oferece uma pós com o mesmo formato. Na cidade de Cuernavaca – a 87 km da Cidade de México, capital do país –, a Universidade Internacional, há quatro anos, forma mestres em Educação e Tecnologia Educativa.
Durante o mestrado, que dura dois anos, os estudantes aprendem a criar, planejar e gerir portais educativos, a usar de forma didática a internet e a aplicar as TIC como instrumentos de ensino
Os estudantes podem seguir três linhas diferentes de formação. A primeira delas é o docente e seu desenvolvimento, que foca na atualização e formação do professor. Uma segunda formação é voltada à avaliação e criação de modelos e programas de ensino desde a educação básica ao ensino superior. Uma terceira avalia como inovar nos diferentes cenários educativos.
Durante o mestrado, que dura dois anos, os estudantes aprendem a criar, planejar e gerir portais educativos, a usar de forma didática a internet e a aplicar as TIC como instrumentos de ensino. Os mestrandos desenvolvem projetos digitais colaborativos e aprendem a criar programas educativos baseados em aplicativos de web. Eles também adquirem conceitos sobre a evolução dos programas educativos, a avaliação de modelos de tecnologia atuais e quais são os modelos de ensino no século 21.
Colômbia e Argentina
Ainda na América Latina, a Colômbia também oferece formação em tecnologia educativa em duas universidades. Na Universidade Autônoma da Colômbia, em Bogotá, a especialização em edumática dura um ano e é dirigida a graduados em qualquer área, professores ou não, desde que vinculados ao sistema educativo público ou privado do país. A exigência não se aplica à Universidade Católica de Pereira, na cidade de Risaralda, onde a especialização de mesmo nome dura dois semestres.
Outro país do continente que oferece cursos na área é a Argentina. Na Universidade Tecnológica Nacional, em Córdoba, professores graduados ou profissionais formados em cursos ligados à tecnologia – como análises de sistemas ou técnico em eletrônica e química – podem se especializar em licenciatura em tecnologia educativa.

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